O que nos toca
Pra lembrar com o coração…
Boa tarde leitores! Cada uma de nós passamos por lugares diferentes nesse Estudo do Meio, e eu vim compartilhar um pouco dos momentos mais marcantes pra mim!
• PRIMEIRO DIA: Arte na Metrópole (06.05.15)
Experiências
#Primeirodia : Zona Norte – 06/05/2015
Emocionante. Intenso. União. 15:30. Oficina de corpo. Zé Maria. São poucas as palavras que eu consigo escrever sobre o momento que mais me marcou hoje, dia 6 de maio de 2015. E ao mesmo tempo, um mar de sentimento. Depois de passarmos uma manhã pela cidade em um grupo de 20 pessoas, andando de ônibus e metrô, e de almoçarmos em um restaurante que é, na minha opiniao, uma d e l í c i a , partimos para a oficina de corpo do Zé Maria. Durante a oficina, desenvolvemos inúmeros exercícios em grupos , nos quais buscávamos encontrar nosso proprio equilíbrio, e se relacionar, de alguma maneira com a pessoa ao nosso lado. Ao final desta, realizamos uma atividade de olhar um no olho do outro; nesta atividade, consegui sentir a essência da outra pessoa , consegui entender , so pelo olhar, a historia peculiar que cada uma carrega dentro de si e consegui, acima de tudo, conhece-las um pouco mais. Dificilmente, ao andarmos na rua , as pessoas olham umas nos olhos das outras. essa é uma pratica que vem sendo perdida ultimamente, pelo fato de que, ao você olhar bem no olho do próximo, você se sentir desconfortável e constrangida. Porém, estranhamente, não me senti dessa maneira. Me senti parte de cada um, senti uma experiência, de fato, algo que me atravessou de uma maneira ao mesmo tão simples e tão inexplicável. Este momento me marcou, me senti parte dessa metrópole, ja que consegui interagir com cada um , ja que descobri a maneira de realmente fazer parte de São Paulo, de realmente viver nessa nossa cidade, que na minha opinião, não é nem um pouco cinza.
17km de bicicleta não é uma tarefa fácil, principalmente quando esta envolve subir a Avenida Sumaré. Foram poucas as pessoas que, nos outros dois grupos que andaram de bike os outros dias, conseguiram realizar essa subida. Eu tinha a certeza na minha cabeça de que eu não conseguiria, de que eu teria que descer da bicicleta e que eu ficaria para trás. Porém, eu consegui, e não tem sensação melhor do que esta de missão cumprida, não tem sensação melhor do que a que eu senti durante a descida, um alivio e uma liberdade, como se
ninguém pudesse me deter. Palavras não conseguem expressar o que eu gostaria, só sabe dessa sensação quem já viveu um momento parecido. E foi esse o momento que mais me marcou no dia 8 de maio de 2015, ja que, ao conseguir realizar essa tarefa, pude perceber o quanto eu sou capaz.
Ficou Marcado…
Bom dia pessoal! Pós Estudo do Meio voltamos com nossas atividades! Hoje eu vou compartilhar os momentos que me atravessaram em cada um dos dias. Acho válida uma pequena introdução sobre o misto de sentimentos que explodiram dentro de mim nesses três dias. O quão difícil é, em uma cidade com o ritmo da nossa metrópole. andar em um grupo de 22 pessoas? Te asseguro, que muito. Um grupo desse tinha que estar muito unido, o suficiente para se aguentarem (sozinhos) quase 12h por dia. Aqui vão meus agradecimentos ao Grupo 5, aos que fizeram desse Estudo do Meio único. Lembro-me de uma passagem rápida em um dos dias que cruzamos com o grupo 4 ao longo do dia e a professora que os acompanhou nesses dias havia sido a Teresa, de História. Aí, eles começaram a gritar “Teresa eu te amo!”, mas nós, obviamente não poderíamos deixar barato, porque a Tati, professora de Biologia, quem nos acompanhou nesses dias devia ser honrada. Nada melhor que começar a gritar “TRANSPORTE ATIVOOO” na rua, que é um tipo transporte de substâncias no corpo humano, aprendido com a Tati. Ou seja, certamente não foi apenas um momento marcante por dia, mas eu escolhi um para compartilhar. Ah, e todas as fotos desse post foram tiradas por mim.
#dia1 – Brás
Fiz uma entrevista com esse senhor chamado José Luiz no Brás, em frente ao comércio conhecido como Casas do Norte, as quais são geridas por migrantes do Nordeste para São Paulo. A região era perigosa em relação à assaltos, como ele mesmo citou na entrevista. Porém o que mais me marcou nesse senhor foi a história de sua vida e a reflexão que ele tira dela. Ele foi durante grande parte da vida alcoólatra e hoje está há 9 anos sem beber. Seu Luiz terminou a entrevista me dizendo que a nossa vida está nas nossas mãos, e que tudo que queremos é possível com muita luta. Muito orgulhoso e eu quase chorando nessa hora, ele terminou com “Hoje eu sou um homem, não um bêbado”.
#dia2 – Bixiga
Mais uma história de vida de tirar o chapéu. Walter Taverna, o senhor da foto, tem muita história pra contar. Ele é quem preserva as tradições do bairro e luta por essa cultura sua vida toda. Graças a ele hoje o bairro é tombado, há um centro de memória e uma cultura preservada no tempo. Só ele tem quatro cantinas no bairro. Durante sua vida passou por inúmeras dificuldades, desde a pobreza extrema até a infelicidade de perder dois filhos e a esposa em um acidente. Mas mesmo com tudo para fazê-lo parar, ele luta até hoje para manter a tradição. São essas pessoas que fazem a diferença, que me dão esperança de que sim, existe muito amor nessa cidade.
#dia3 – Centro
Chegamos ao terceiro e último dia. Na verdade, esse roteiro foi surpresa. O próprio grupo quem decidiu para onde íamos. Ficamos então pelo centro: Mosteiro São Bento, Viaduto do Chá, Galeria do Rock, 25 de Março e almoço no Mercadão. Mas como a foto é do Viaduto, alguma coisa lá me marcou muito. Ficamos cerca de meia hora, 40 minutos por ali fazendo entrevistas. O ritmo acelerado das pessoas impressionou, as que era só eu chegar perto e elas desviavam, os vários “não tenho tempo” ou os próprios “não!” na cara foram experiências. Mas um homem topou conversar e ficou super entretido com o projeto, querendo saber mais, e nós empolgadas, mas quando nós finalmente perguntamos “vamos gravar?” ele simplesmente falou não, virou as costas e foi embora. É, realmente bateu uma tristeza.
– Besi. ♥️
De repente
O que te toca, o que te atravessa. Alguma hora na vida você vai ser apenas uma casca, momentaneamente. Alguma notícia, algum acontecimento, alguma visão vão fazer tudo que você tem por dentro desabar durante alguns segundos ao ponto de você ficar totalmente sem rumo. E para quem olha de fora, vai parecer que você está quase em um transe. Nessas horas, ao se recompor, ao respirar fundo e pegar todos os caquinhos do chão, você nunca mais vai ser o mesmo. Não somos. Ninguem é igual depois de uma grande experiência. E talvez isso se dê porque ela vem de forma totalmente inesperada. Talvez só quem já passou por isso vai entender sobre o que eu estou falando. É uma sensação de vazio imediato. Alguma coisa te atravessou, passou pelo meio do seu peito, levou seu fôlego e saiu pelo outro lado, enquanto todos os seus pedaços caíram um por um dentro do corpo. Talvez essa seja a hora mais difícil, a hora de falar para si mesmo que não vale a pena desmoronar assim, falar que você é mais forte do que isso e começar a juntar os pedaços. É a mais difícil já que por estar desabado, não se sabe de onde tirar forças, não se sabe onde se apoiar para seguir em frente. Mas o que nos faz mesmo seguir em frente, do que algo que amamos com todo o coração? Do que algo que até os minúsculos pedaços de coração naquele momento ainda amam? Isso nos faz seguir em frente. Ser apaixonado pela vida, ou por alguém, por algum lugar, alguma profissão, ou pelo fato de ser mais forte do que o que lhe aconteceu, esses amores nos fazem seguir em frente. No final das contas, o amor é a cola, é o cimento. Ele é capaz de pegar todos os pedaços desmoronados e coloca-los no lugar novamente. Ele nos tira daquele vazio momentâneo e nos coloca na pista novamente. Até porque, a vida anda para frente.
P.S.: Oi gente! Esse post é mais meu post pensamento/desabafo do dia! Acho legal vocês pensarem sobre isso, porque na maioria das vezes a gente tende a pensar só no que vai nos trazer prazer imediato, mas as coisas a princípio não tão prazerosas são tão importantes quanto. Boa páscoa a todos!
– Besi. ♥️
“Um táxi vazio que leva o amor da sua vida”
Que diabos vocês querem dizer com isso? Eu também me perguntaria isso quando entrasse nesse blog.
Mas por que o amor?!
O quão difícil é, dentre os milhares de aspectos de São Paulo, escolher apenas um para tratar durante o ano inteiro? Muito.
Aula de história. Nos reunimos em grupo para escolher um tema e logo pensamos: intervenções urbanas. Por mais que estivéssemos o escolhido rapidamente, não nos mantivemos com ele, já que este não nos despertou tanto interesse.
Na busca por um novo tema, começamos a perceber o quanto o amor está presente em nosso dia-a-dia e decidimos que trabalhar com isto durante quatro bimestres nos cativaria ao longo do projeto inteiro.
Para contribuir com a nossa decisão, em uma noite de sábado, fomos ao teatro Cacilda Becker assistir à peça “Não nem nada” de Vinicius Calderoni. A peça nos trouxe outra perspectiva sobre a sociedade paulistana, a qual muitas vezes desvaloriza os aspectos positivos e bonitos da cidade. Em meio a isso, escolhemos esse tema com o intuito de mudar essa visão das pessoas sobre São Paulo, nos levando à questão: existe amor em sp?
O grupo. ♡
O amor como sentimento
Vivo me questionando: o que de fato é o amor? Nunca consegui chegar a uma resposta. Talvez, pela tamanha complexidade desse sentimento.
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