O que nos toca

Pra lembrar com o coração… 

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Boa tarde leitores! Cada uma de nós passamos por lugares diferentes nesse Estudo do Meio, e eu vim compartilhar um pouco dos momentos mais marcantes pra mim!

• PRIMEIRO DIA: Arte na Metrópole (06.05.15)

O meu primeiro dia foi, como diz o próprio nome, voltado para a arte na cidade de São Paulo! Hoje de manhã, eu não sabia muito bem o que esperar do meu dia. De primeira eu pensei que o grupo passaria o dia vendo diferentes grafites e pronto. É, a gente realmente viu um monte de grafites mas foi muito mais do que isso.
De tarde, a gente foi pro Sesc Pompeia para almoçar e ver uma exposição da Marina Abramovic, a qual foi muito singular. Nunca tinha presenciado algo daquele jeito… Ela propunha diferentes coisas, como olhar pra uma pedra durante 10 minutos, que, inicialmente, parecia até bobo, mas você saia de lá se sentindo completamente diferente. Fui uma das primeiras a acabar de ver toda a exposição e na porta encontrei o Cauê, um dos meus amigos que também tava no meu grupo, e o Fepa, meu coordenador e professor. Nós três já tínhamos acabado e o Fepa propôs da gente ir em um outro espaço do Sesc. No começo eu não tinha entendido direito pra onde a gente tava indo… Quando chegamos na sala, vi paredes cheias de tinta ainda molhada. Diferentes nomes, frases, desenhos, desejos e um homem, bem no centro dizendo: “vocês podem fazer o que quiser nas paredes e comigo, é só pegar um tinta e começar.”. Dai olhei pro lado, do tipo “vocês vao pegar a tinta…?” seilá, eu meio que não queria me sujar hahaha. Olhei pra uma das meninas do meu grupo com o dedo na tinta escrevendo o seu nome em uma das paredes e pensei que seria ok molhar um dos meus dedos na tinta, vai. Quando eu fui me dar conta eu já tava com as duas mãos completamente mergulhadas em tinta de diferentes cores e, o pior de tudo (ou melhor né) eu tava gostando daquilo, gostando muito. Todo o grupo já estava lá mundo jogando tinta um na cara do outro. Eu me olhei e pensei: “cara, eu sou uma tela.”. A gente saiu de lá e na rua, pareciamos ímãs  de olhares. Não tinha um ser vivo que não olhava pra gente. Foi muito bom sair daquele jeito. Eu pensei que se eu colocasse tinta na minha cara eu ia tentar ao máximo esconde-la, mas era o que eu mais queria mostrar. Eu nunca tinha me sentido tão livre, existia muita liberdade dentro daquilo! Quando eu cheguei no hotel, eu não queria por nada tirar aquilo da minha cara, fiquei em contato com a tinta até nas oficinas que a gente teve de noite. A sensação foi tão boa que eu cogitei e ainda cogito me pintar mais vezes e sair por ai. Parece ser uma coisa tão simples “pintar a cara”, mas o que você é sente é tão complexo que quando eu falo parece até bobo. A gente saiu de lá não mais como um grupo de escola, mas sim como um grupo de parceiros, de amigos! A sensação que eu tinha antes como grupo 7 era completamente diferente do que eu passei a sentir depois. 

• SEGUNDO DIA:  Bike (07.05.15)
Acordei super motivada pra andar de bicicleta pela cidade. No começo, eu achei que ia ser um passeio tranquilo, tipo no reto e tudo mais. Depois da segunda subida eu entendi que ia ser um pouquinho mais complicado do que andar no parque, por exemplo hahaha.
Em uma hora do percurso, a gente teve que atravessar uma ponte pra chegar no Parque do Povo. Nesse momento, exatamente nessa hora, eu olhei pra baixo e eu vi um mar de carros, todos parados, transito. É uma avenida que eu passo frequentemente, tipo era eu ali embaixo, dentro de um daqueles carros. Mas dessa vez não. Dessa vez eu tava ali em cima da ponte, com as duas mãos na bike, sentindo o vento na minha cara. Eu tava no mesmo lugar, mas naquela hora eu sentia que eu tava vivendo, que eu tava fazendo alguma coisa e não só sentada no banco do carro esperando ele andar sabe? Parecia que eu estava de fato na cidade, que eu fazia parte dela. Nessa hora, eu já tinha andando mais do que eu esperava, subido mais subidas do que eu imaginava, mas pareceu que toda a minha energia voltou, eu me senti muito bem.
É lógico que eu já tinha andado de bike antes, já tinha sentido o vento batendo na minha cara antes, mas dessa vez foi diferente. Eu olhei pra baixo, parecia que eu tava vendo uma Valentina ali embaixo e ela também tava me olhando. E eu fiquei feliz por estar ali em cima e não dentro do carro. 

• TERCEIRO DIA:  Roteiro surpresa (08.05.15)
Eu achei que a gente ia receber um roteiro que nem todos os outros pra seguir, e que a única diferença seria o fato de que a gente só saberia qual era o roteiro na hora. Mas não. Na verdade, a gente recebeu uma série de pistas com perguntas e fotos. Tinhamos que descobrir onde era o local e responder as perguntas! Foi muito divertido, eu descobri muitas coisas que eu não fazia a mínima ideia sobre a cidade. Mas nesse dia, o que mais me marcou foi um momento em que nós, pela ultima vez como grupo 7, sentamos antes de ver um teatro e nos despedimos. Nesse momento eu me dei conta que tinha acabado. Confesso que tenho uma certa dificuldade com términos, de qualquer tipo. E esse me doeu mais do que eu imaginava. Tinha sido algo muito bonito e eu não queria que acabasse ali. Me conhecendo, eu tinha certeza de que eu ia sentir muita saudade de tudo aquilo. Sabe, de sair na rua com o meu grupo, de conviver com eles, de descobrir coisas novas. Durante esses três dias que a gente tinha passado juntos, todas as relações melhoraram muito! Passamos a olhar uns aos outros com outros olhos. Vocês podem até pensar “ah, da pra sair por são paulo com as pessoas do seu grupo mesmo depois”, “não é como se você tivesse se despedindo deles pra sempre, vocês vão se ver ainda”, mas não é a mesma coisa. Eu quis me matar por não ter escrito literalmente todos os detalhes de todos os meus dias pra conseguir lembrar exatamente de tudo, não queria que nada se perdesse. Esse momento em particular foi muito difícil e bonito ao mesmo tempo. Difícil porque eu não queria sair dali, eu não queria que o grupo 7 sumisse; e bonito porque eu não consegui pensar em nenhum momento que tivesse sido ruim, tudo que a gente tinha vivido e construído foi demais. E bonito porque a gente estava se despedindo da maneira mais linda que existe, afinal, dava pra ver nos olhos de cada um, que todos queriam ficar um pouco mais ali. Ao grupo 7, meu coração! 

– Va

Experiências

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#Primeirodia : Zona Norte – 06/05/2015

Minutos após a oficina de corpo, sentamos para conversar
Minutos após a oficina de corpo, sentamos para conversar

Emocionante. Intenso. União. 15:30. Oficina de corpo. Zé Maria. São poucas as palavras que eu consigo escrever sobre o momento que mais me marcou hoje, dia 6 de maio de 2015. E ao mesmo tempo, um mar de sentimento. Depois de passarmos uma manhã pela cidade em um grupo de 20 pessoas, andando de ônibus e metrô, e  de almoçarmos em um restaurante que é, na minha opiniao, uma d e l í c i a , partimos para a oficina de corpo do Zé Maria. Durante a oficina, desenvolvemos inúmeros exercícios em grupos , nos quais buscávamos encontrar nosso proprio equilíbrio, e se relacionar, de alguma maneira com a pessoa ao nosso lado. Ao final desta, realizamos uma atividade de olhar um no olho do outro; nesta atividade, consegui sentir a essência da outra pessoa , consegui entender , so pelo olhar, a historia peculiar que cada uma carrega dentro de si e consegui, acima de tudo, conhece-las um pouco mais. Dificilmente, ao andarmos na rua , as pessoas olham umas nos olhos das outras. essa é uma pratica que vem sendo perdida ultimamente, pelo fato de que, ao você olhar bem no olho do próximo, você se sentir desconfortável e constrangida. Porém, estranhamente, não me senti dessa maneira. Me senti parte de cada um, senti uma experiência, de fato, algo que me atravessou de uma maneira ao mesmo tão simples e tão inexplicável. Este momento me marcou, me senti parte dessa metrópole, ja que consegui interagir com cada um , ja que descobri a maneira de realmente fazer parte de São Paulo, de realmente viver nessa nossa cidade, que na minha opinião, não é nem um pouco cinza.

Imagem tirada por mim na Biblioteca do Centro Cultural de SP, onde conversei com Camilla
Foto tirada por mim na Biblioteca do Centro Cultural de SP, onde conversei com Camilla
#Segundodia : Liberdade – 07/05/2015
Centro Cultural de São Paulo. Um lugar para o qual eu nunca tinha ido e que eu não sabia que existia. Um lugar maravilhoso que vale a pena conhecer. E foi la que vivi o momento mais marcante do meu dia, ao conversar com uma menina, Camilla, na biblioteca. Camilla estudava em um colégio público e desde sempre quis fazer medicina na Pinheiros. No terceiro ano do ensino médio ela decidiu que iria fazer cursinho junto com a escola para passar direto na Fuvest. Ao longo do segundo semestre, ela fez cursinho e conseguiu passar na primeira fase, porém não conseguiu passar na segunda. “É , eu to aqui estudando e nesse segundo ano tentando ninguém me derruba” disse Camilla. Ao falar com ela me dei conta de que não valorizo o potencial que a minha escola tem para oferecer e de que tudo, absolutamente tudo é possível, basta você seguir seus sonhos e colocar afinco naquilo que gosta, não importa o que seja, não podemos deixar as barreiras se consolidarem, e não podemos deixar com que a opressão presente na nossa cidade nos empeça de realizar aquilo que mais desejamos.
#Terceirodia: Bike – 08/05/2015

17km de bicicleta não é uma tarefa fácil, principalmente quando esta envolve subir a Avenida Sumaré. Foram poucas as pessoas que, nos outros dois grupos que andaram de bike os outros dias, conseguiram realizar essa subida. Eu tinha a certeza na minha cabeça de que eu não conseguiria,  de que eu teria que descer da bicicleta e que eu ficaria para trás. Porém, eu consegui, e não tem sensação melhor do que esta de missão cumprida, não tem sensação melhor do que a que eu senti durante a descida, um alivio e uma liberdade, como se

Sorriso sincero de cada um do meu grupo no Parque do Povo após pedalar 17 km (o que incluiu subir a Sumaré)
Sorriso sincero de cada um do meu grupo no Parque do Povo após pedalar 17 km (o que incluiu subir a Sumaré)

ninguém pudesse me deter. Palavras não conseguem expressar o que eu gostaria, só sabe dessa sensação quem já viveu um momento parecido. E foi esse o momento que mais me marcou no dia 8 de maio de 2015, ja que, ao conseguir realizar essa tarefa, pude perceber o quanto eu sou capaz.

– Maca

Ficou Marcado…

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Bom dia pessoal! Pós Estudo do Meio voltamos com nossas atividades! Hoje eu vou compartilhar os momentos que me atravessaram em cada um dos dias. Acho válida uma pequena introdução sobre o misto de sentimentos que explodiram dentro de mim nesses três dias. O quão difícil é, em uma cidade com o ritmo da nossa metrópole. andar em um grupo de 22 pessoas? Te asseguro, que muito. Um grupo desse tinha que estar muito unido, o suficiente para se aguentarem (sozinhos) quase 12h por dia. Aqui vão meus agradecimentos ao Grupo 5, aos que fizeram desse Estudo do Meio único. Lembro-me de uma passagem rápida em um dos dias que cruzamos com o grupo 4 ao longo do dia e a professora que os acompanhou nesses dias havia sido a Teresa, de História. Aí, eles começaram a gritar “Teresa eu te amo!”, mas nós, obviamente não poderíamos deixar barato, porque a Tati, professora de Biologia, quem nos acompanhou nesses dias devia ser honrada. Nada melhor que começar a gritar “TRANSPORTE ATIVOOO” na rua, que é um tipo transporte de substâncias no corpo humano, aprendido com a Tati. Ou seja, certamente não foi apenas um momento marcante por dia, mas eu escolhi um para compartilhar. Ah, e todas as fotos desse post foram tiradas por mim.

#dia1 – Brás

Fiz uma entrevista com esse senhor chamado José Luiz no Brás, em frente ao comércio conhecido como Casas do Norte, as quais são geridas por migrantes do Nordeste para São Paulo. A região era perigosa em relação à assaltos, como ele mesmo citou na entrevista. Porém o que mais me marcou nesse senhor foi a história de sua vida e a reflexão que ele tira dela. Ele foi durante grande parte da vida alcoólatra e hoje está há 9 anos sem beber. Seu Luiz terminou a entrevista me dizendo que a nossa vida está nas nossas mãos, e que tudo que queremos é possível com muita luta. Muito orgulhoso e eu quase chorando nessa hora, ele terminou com “Hoje eu sou um homem, não um bêbado”.

#dia2 – Bixiga

Mais uma história de vida de tirar o chapéu. Walter Taverna, o senhor da foto, tem muita história pra contar. Ele é quem preserva as tradições do bairro e luta por essa cultura sua vida toda. Graças a ele hoje o bairro é tombado, há um centro de memória e uma cultura preservada no tempo. Só ele tem quatro cantinas no bairro. Durante sua vida passou por inúmeras dificuldades, desde a pobreza extrema até a infelicidade de perder dois filhos e a esposa em um acidente. Mas mesmo com tudo para fazê-lo parar, ele luta até hoje para manter a tradição. São essas pessoas que fazem a diferença, que me dão esperança de que sim, existe muito amor nessa cidade.

#dia3 – Centro

Chegamos ao terceiro e último dia. Na verdade, esse roteiro foi surpresa. O próprio grupo quem decidiu para onde íamos. Ficamos então pelo centro: Mosteiro São Bento, Viaduto do Chá, Galeria do Rock, 25 de Março e almoço no Mercadão. Mas como a foto é do Viaduto, alguma coisa lá me marcou muito. Ficamos cerca de meia hora, 40 minutos por ali fazendo entrevistas. O ritmo acelerado das pessoas impressionou, as que era só eu chegar perto e elas desviavam, os vários “não tenho tempo” ou os próprios “não!” na cara foram experiências. Mas um homem topou conversar e ficou super entretido com o projeto, querendo saber mais, e nós empolgadas, mas quando nós finalmente perguntamos “vamos gravar?” ele simplesmente falou não, virou as costas e foi embora. É, realmente bateu uma tristeza.

Besi. ♥️

De repente

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O que te toca, o que te atravessa. Alguma hora na vida você vai ser apenas uma casca, momentaneamente. Alguma notícia, algum acontecimento, alguma visão vão fazer tudo que você tem por dentro desabar durante alguns segundos ao ponto de você ficar totalmente sem rumo. E para quem olha de fora, vai parecer que você está quase em um transe. Nessas horas, ao se recompor, ao respirar fundo e pegar todos os caquinhos do chão, você nunca mais vai ser o mesmo. Não somos. Ninguem é igual depois de uma grande experiência. E talvez isso se dê porque ela vem de forma totalmente inesperada. Talvez só quem já passou por isso vai entender sobre o que eu estou falando. É uma sensação de vazio imediato. Alguma coisa te atravessou, passou pelo meio do seu peito, levou seu fôlego e saiu pelo outro lado, enquanto todos os seus pedaços caíram um por um dentro do corpo. Talvez essa seja a hora mais difícil, a hora de falar para si mesmo que não vale a pena desmoronar assim, falar que você é mais forte do que isso e começar a juntar os pedaços. É a mais difícil já que por estar desabado, não se sabe de onde tirar forças, não se sabe onde se apoiar para seguir em frente. Mas o que nos faz mesmo seguir em frente, do que algo que amamos com todo o coração? Do que algo que até os minúsculos pedaços de coração naquele momento ainda amam? Isso nos faz seguir em frente. Ser apaixonado pela vida, ou por alguém, por algum lugar, alguma profissão, ou pelo fato de ser mais forte do que o que lhe aconteceu, esses amores nos fazem seguir em frente. No final das contas, o amor é a cola, é o cimento. Ele é capaz de pegar todos os pedaços desmoronados e coloca-los no lugar novamente. Ele nos tira daquele vazio momentâneo e nos coloca na pista novamente. Até porque, a vida anda para frente. 

P.S.: Oi gente! Esse post é mais meu post pensamento/desabafo do dia! Acho legal vocês pensarem sobre isso, porque na maioria das vezes a gente tende a pensar só no que vai nos trazer prazer imediato, mas as coisas a princípio não tão prazerosas são tão importantes quanto. Boa páscoa a todos! 

– Besi. ♥️

“Um táxi vazio que leva o amor da sua vida”

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Que diabos vocês querem dizer com isso? Eu também me perguntaria isso quando entrasse nesse blog.

Vamos então tentar explicar.
A móbile nos fez um convite para assistir a peça “Não Nem Nada”, dirigida e escrita por Vinicius Calderoni, um pouco antes de começarmos o blog e o projeto em si. Já falamos sobre ela algumas vezes mas tudo o que vocês sabem sobre ela é apenas que ela existiu e tem uma frase explicando o nosso tema, que até agora não explicou nada.
Tudo escuro, quatro atores, um em cada canto do palco. São 12 cenas nada e tudo a ver uma com a outra. Os personagens são
diferentes a cada cena, mas praticamente mudam a cada minuto. Para começar, pode-se tirar a ideia do anonimato daí: pessoas que mudam todo o tempo, representam algo e depois trocam, a confusão da metropóle, de pessoas que você vê na rua todos os dias mas na verdade, nunca são as mesmas. O espetáculo segue com vários flashes do cotidiano; um jantar com o namorado, a saída de um BBB da casa, o menino prodígio do momento, e mais tantas outras coisas. Tantas que eu nem lembro de todas. Você lembra de todas as cenas que vê durante um dia na cidade? Duvido. Aí que está. As coisas passam aos nossos olhos tão rapidamente que muitas vezes não paramos para admirar, ou quando paramos, puf, já acabou, o semáforo já abriu. Pegar um táxi? Fácil. Em qualquer lugar do mundo há taxis. Você entra, fala um endereço, checa a bandeira e pronto. Ele te leva para o lugar, você paga e sai. É totalmente anônimo, e há milhares deles pela cidade. Cada vez que entra alguém em um taxi essa pessoa se torna anônima. Não há expressão de identidade nenhuma aí, até chegar o fim da peça. A atriz fala: “um táxi vazio que leva o amor da sua vida”.  *barulho de carro freando* OI?? O cara simplesmente pega o elemento mais anônimo da cidade e coloca o amor da sua vida dentro, o que há de mais pessoal para um ser humano. A pessoa que até sua respiração é em função dela. Aquele objeto antes anônimo é 100% você, é o que te move, o que você mais quer bem na vida. É o amor da sua vida.
A peça teve essa função para nós, tirar o total anonimato da cidade. Colocar uma marca pessoal em cada fato corriqueiro. E é isso que queremos reproduzir aqui. Queremos colocar uma marca pessoal no multidão cinza. Mostrar que há sim amor em meio a isso tudo. Queremos colocar o amor das vidas de vocês em cada táxi da cidade.
Ah, e p.s., não preciso nem falar que a peça é imperdível né?

Mas por que o amor?! 

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O quão difícil é, dentre os milhares de aspectos de São Paulo, escolher apenas um para tratar durante o ano inteiro? Muito.

Aula de história. Nos reunimos em grupo para escolher um tema e logo pensamos: intervenções urbanas. Por mais que estivéssemos o escolhido rapidamente, não nos mantivemos com ele, já que este não nos despertou tanto interesse. 

Na busca por um novo tema, começamos a perceber o quanto o amor está presente em nosso dia-a-dia e decidimos que trabalhar com isto durante quatro bimestres nos cativaria ao longo do projeto inteiro. 

Para contribuir com a nossa decisão, em uma noite de sábado, fomos ao teatro Cacilda Becker assistir à peça “Não nem nada” de Vinicius Calderoni. A peça nos trouxe outra perspectiva sobre a sociedade paulistana, a qual muitas vezes desvaloriza os aspectos positivos e bonitos da cidade. Em meio a isso, escolhemos esse tema com o intuito de mudar essa visão das pessoas sobre São Paulo, nos levando à questão: existe amor em sp? 

 

O grupo. ♡

O amor como sentimento

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Vivo me questionando: o que de fato é o amor? Nunca consegui chegar a uma resposta. Talvez, pela tamanha complexidade desse sentimento. 

Tenho pra mim, que amar é se perder. É se perder e gostar de estar perdido. Amar é não ver o tempo passar. Amar é se frustar. Amar é poder desistir, é ter uma infinidade de razões para desistir e mesmo assim ficar, por mais dolorosa que seja a estadia, porque bem no fundo você sabe, você sabe que ir embora doeria em dobro. Então a gente espera, a gente permanece completamente imóveis. Amar é ter esperança.
Só amam os corajosos. Os que aguentam o tranco.
Como tudo na vida, o amor pode nos proporcionar uma diversidade de momentos um tanto quanto trágicos, mas apenas quem já o provou pode assinar embaixo que os momentos felizes tem a incrível capacidade de superar absolutamente qualquer sensação prazeirosa, e consequentemente, superar todas as dores decorrentes dos momentos trágicos.
Sem o amor, o que seriamos? Milhares de grãos de areia. Afinal, o que nos junta não é o amor?
É o sentimento central da vida de qualquer pessoa. O amor te move, te fornece coragem. O amor te dá uma diretriz, um objetivo a ser alcançado. Seus amores são suas histórias. E é isso que eu espero encontrar em São Paulo. Eu espero encontrar amor. Espero encontrar uma cidade mergulhada no amor. Afinal, tem sentimento mais bonito?
– Va